PoeSofias de Explosive Man
PoeSofias de Explosive Man é um blogue criado pelos membros do grupo de poesia "Os Olhos da Loucura". Um blogue dedicado as reflexões de temas poéticos e/ou filosóficos, bem como a divulgação de poemas e interpretações de letras de músicas de Rap e Roque do mundo inteiro. Abordaremos de tudo um pouco atravessando as barreiras dos limites das definições.
quinta-feira, 6 de janeiro de 2022
Fotografias
Fotografias
O infinito tem a cara de algum poema que eu nunca soube escrever.
Tem o jeito de uma mulher que não sabe que não sabe viver,
A paixão de mil homens tristes e sós atrás de aventuras
E a procura de sorrisos estranhos que em chamas a si chamem as suas chamas de loucura.
Aos olhos dos olhos dos outros,
Meus outros olhos outros são outros olhos outros
Entre os outros olhos dos outros.
São trava-línguas das línguas nas línguas em línguas
Que falam e falem enquanto beijam sem a língua das línguas
A interpretar a perpétua línguagem do linguajar
Nas línguas no corpo do corpo das línguas dos outros.
Meu corpo é terra plana
Meu coração é vegetação.
Eu sou o amor de tal fulana
E sou o tal fulano da canção...
Tristeza, silêncio e momentos...
Momento, silêncio e fobias
EU SOU FOTOGRAFIAS.
Fidélgio Aulina Januário In: Os olhos da loucura
sábado, 25 de julho de 2020
Partida
E cedo tu partes para o além, para o desconhecido
Deixas pedaços de saudades neste mundo adoecido.
E trazes dor, tormento e indignação no coração dos entristecidos.
Eu ainda prefiro acreditar que tenhas apenas adormecido
Ou que foste ali pertinho e amanhã,
Outra vez, estaremos reunidos
Fazendo planos para o sonho de um novo amanhã…
Conspirando teorias de vitória sobre a vida vilã.
Talvez seja possível que estejas aqui agora
Tentando se comunicar connosco… dizendo “Mãe não chora!”
Talvez o problema seja nosso que não consigamos compreender
Essa tua nova forma de estar, essa tua nova forma de ser.
Talvez…
De repente tudo vira um grande talvez.
Mas a realidade é um pouco mais cruel do que isso, não é verdade?
Tu já não estás aqui, só o teu corpo está aí deitado.
Jovem, formoso… tanto tempo para trás deixado,
Tantos sonhos idealizados que perderam o significado.
Agora tudo é luto, agora tudo é escuridão…
És mais um homem perdido no absoluto, mais um homem que se vai…
É mais um justo que cai e se perde para sempre na imensidão.
Nós guardaremos de ti as recordações mais especiais,
Os momentos lindos que não voltam nunca mais.
Não permitiremos que morras enquanto estivermos vivos
Contaremos a tua história e tudo o que aprendemos consigo…
Diremos sempre, ele foi um irmão depois de um grande amigo
Que viveu e lutou por suas crenças e não pode ser esquecido.
Para sempre viverás companheiro…
Vida longa.
Vida longa guerreiro.
sábado, 2 de março de 2019
Ode àqueles cujo sonho de um mundo melhor continua a guiar suas esccolhas
Àqueles que influenciam e se deixam influenciar pela importância de um sorriso.
Há uns alunos unos nalgum lugar neste mundo
Gente que enche de esperança e sonho meus olhos já morribundos
O paraíso na terra se ainda existir um paraíso
Para aqueles a quem o quotidiano roubou as escolhas.Ode a aqueles cujo sorriso faz a diferença
Por serem capazes de não sorrir se for por hipocrisia
Gente que levanta e combate a indiferença
Com simplicidade, originalidade e alegria.
Por mais Marrons no mundo eu grito
Por mais alunos que se importam eu grito…
Grito pela manifestação daqueles em quem ainda habita o amor.
Deixemos já nossos esconderijos e zonas de conforto
É tempo de resgatar nossa humildade e todo o seu explendor
Quem sabe aí a gente note que ainda é possível…
Quem sabe…
Clique no título para ver a conversa entre Explosive Man e Andrea Marron no Facebook
terça-feira, 25 de dezembro de 2018
APENAS HOJE
Hoje,
Ainda que apenas hoje,
Permitamo-nos ser livres.
Livres das amarras e dos
pactos com impactos desconhecidos
Livres das perseguições
das garras do inimigo.
Dispamos nossas almas de
toda a soberba e idolatria
Limpemos nossos corações
de toda a inveja e cobardia.
Sejamos nós, conforme as
nossas crenças mais puras
Para que possamos
alcançar a benevolência e graça das graças futuras.
Libertemo-nos da
arrogância, da ganância e da cobiça
Que atiçam em nós o
maligno, que enchem nossos olhos e corrompem-nos o espírito.
E arrependamo-nos
E arrependamo-nos
Porque hoje todos os pecados são
pecados de verdade
Hoje não há cunhas… hoje
ninguém tem imunidade.
Hoje não há chefes e nem
subordinados…
Hoje não há empregado e
nem patrão.
Amamo-nos uns aos outros
como se todos fossemos irmãos
Respeitamo-nos e lutamos
pelos mesmos objectivos como se fossemos todos aliados.
Hoje não importa o nosso
status social e nem a nossa posição,
Hoje tudo é família, hoje
tudo é irmão e hoje tudo tem boa reputação.
Neste dia
É proibido exaltar-se por
quaisquer que sejam as razões
E nas vigílias
Lembrem-se das mães sem
teto e das crianças dormindo sem comer nas vossas orações…
Dos oprimidos
E de todos os
entristecidos que vão dormir desejando que este dia nunca tivesse existido.
Foco, força… fé
No sonho e no objectivo
fiel.
É este o tempo de amar
De sorrir com
simplicidade e aprender a perdoar.
É este o tempo de
cultivar
A resiliência… que a sua
falta já nos faz vacilar.
Porque desta vez o natal
chegou sozinho
Não veio acompanhado de
festividades e nem de fogos de artifício…
Um e outro compraram
enfeites para celebrar este dia
Mas as ruas estão vazias,
as ruas estão tão frias
O natal está mais
mercenário do que uma meretriz em uma noite de euforia.
Então alegremo-nos hoje
É provável que sejamos os
únicos a fazê-lo…
Então alegremo-nos no
trabalho
Pode ser o único sítio
onde tenhamos uma família.
Por isso eu desejo a
todos “UM FELIZ ESTE DIA.”
Apenas hoje,
Ainda que apenas hoje.
Fidélgio Aulina Januário
In: Poesias de rua
domingo, 23 de setembro de 2018
Homicidas Testemunhas Oculares
Hoje te oiço uivar profecias de que o mundo vai acabar.
Dizes de ti bom demais e justo mas nunca paras de te gabar.
Levantas os dedos a apontar os outros
E bem te faz jeito este gesto... Dá-te uma sensação de conforto,
Tentas camuflar com adornos e brilho falso toda a dor e o desgosto.
De noite
O frio do vazio frio e o vão da solidão são um açoite.
Despido da soberba das grifes chiques, as lágrimas percorrem seu rosto!
Créditos ao app Black Wallpaper |
Anoitece em sua alma.
No escuro do silêncio a tristeza estabelece-se em drama.
Sonhos turbulentos visitam-te de madrugada
Trazem-te as lágrimas do sofrimento que o egoísmo deixou plantadas.
Olhas para trás mas há tanta coisa mal parada,
As nuvens que ajudaste a puxar nunca mais se dissiparam.
Chove em todo o lugar...
Chove sangue em todo o lugar.
Amanhã não sairemos a rua vestidos
Porque o comboio de Azrael nos decidiu visitar.
E como do amor não resta, quase, nenhum vestígio
Sairemos revestidos da arrogância que se teima em instalar.
Porque o comboio de Azrael nos decidiu visitar.
E como do amor não resta, quase, nenhum vestígio
Sairemos revestidos da arrogância que se teima em instalar.
E seremos cidadãos comuns...
Uns homens e mulheres exemplares.
E seremos cidadãos comuns...
Fidélgio Aulina Januário
In: Poesias de Rua
terça-feira, 13 de fevereiro de 2018
SINGULAR
Um rosto, uma musa (Yellen Bambo). |
Singular
Entre milhares de estrelas que pairam no céu.
Singular
Com as mãos sangrando escreverei sem parar
O teu nome em mil idiomas em mil e um papéis.
Tentarei, de algum modo, ilustrar
A indescritível beleza que define quem tu és.
Tarefa difícil este meu desejo é sim
Já que chamar-te “tudo” ainda é pouco para ti…
Mas mesmo assim,
Talvez até com uma palavra senil
Apresentarei em transe o que representas para mim.
Eu falarei de ti com palavras inventadas
Com palavras doces cobertas de mel.
Com palavras justas que possam ser cantadas
Em composições de amor, esperança e fé.
Eu falarei de ti com palavras inventadas
Se você me der uma caneta e um papel.
Uma mulher, uma ideia, um sorriso. |
Fidélgio A. Januário
In: Poesias de rua!
domingo, 9 de julho de 2017
Sótão
Sótão
Não sobrará mais
nada
Nem sombras, nem
saídas
Tampouco almas
penadas.
Memórias do teu
sorriso
Não mais me
trarão calma
Ou aquela
sensação doce de paraíso.
Não há mais o que
partilhar
Senão a dura
sensação de estarmos sozinhos.
Fomos vizinhos um
dia
E escrevi-te um
poema singular.
Eramos vizinhos
de almas e tínhamos as mesmas coisas para amar.
Haviam borboletas
quando tudo era jardim
No meio da praça
a palavra amor se lia do impossível
Girassóis voavam
alegres de noite dentro de mim
Agora não sobrou
nada que não seja o vazio
A sensação de
abandono e de desespero
Que eu encontro
num coração que tornou-se um sótão frio.
Fidélgio A.
Januário
In: Poesias de
Rua
Subscrever:
Mensagens (Atom)