domingo, 23 de setembro de 2018

Homicidas Testemunhas Oculares




Hoje te oiço uivar profecias de que o mundo vai acabar.
Dizes de ti bom demais e justo mas nunca paras de te gabar.
Levantas os dedos a apontar os outros
E bem te faz jeito este gesto... Dá-te uma sensação de conforto,
Tentas camuflar com adornos e brilho falso toda a dor e o desgosto.
De noite
O frio do vazio frio e o vão da solidão são um açoite.
Despido da soberba das grifes chiques, as lágrimas percorrem seu rosto!

Créditos ao app Black Wallpaper
 


Anoitece em sua alma.


No escuro do silêncio a tristeza estabelece-se em drama.




Sonhos turbulentos visitam-te de madrugada
Trazem-te as lágrimas do sofrimento que o egoísmo deixou plantadas.
Olhas para trás mas há tanta coisa mal parada,
As nuvens que ajudaste a puxar nunca mais se dissiparam.





Chove em todo o lugar...

Chove sangue em todo o lugar.




Amanhã não sairemos a rua vestidos
Porque o comboio de Azrael nos decidiu visitar.
E como do amor não resta, quase, nenhum vestígio
Sairemos revestidos da arrogância que se teima em instalar.




E seremos cidadãos comuns...
Uns homens e mulheres exemplares.
E seremos cidadãos comuns...




Fidélgio Aulina Januário
In: Poesias de Rua