quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

Fotografias

Fotografias O infinito tem a cara de algum poema que eu nunca soube escrever. Tem o jeito de uma mulher que não sabe que não sabe viver, A paixão de mil homens tristes e sós atrás de aventuras E a procura de sorrisos estranhos que em chamas a si chamem as suas chamas de loucura.
Aos olhos dos olhos dos outros, Meus outros olhos outros são outros olhos outros Entre os outros olhos dos outros. São trava-línguas das línguas nas línguas em línguas Que falam e falem enquanto beijam sem a língua das línguas A interpretar a perpétua línguagem do linguajar Nas línguas no corpo do corpo das línguas dos outros.
Meu corpo é terra plana Meu coração é vegetação. Eu sou o amor de tal fulana E sou o tal fulano da canção...
Tristeza, silêncio e momentos... Momento, silêncio e fobias EU SOU FOTOGRAFIAS.
Fidélgio Aulina Januário In: Os olhos da loucura

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