Sótão
Não sobrará mais
nada
Nem sombras, nem
saídas
Tampouco almas
penadas.
Memórias do teu
sorriso
Não mais me
trarão calma
Ou aquela
sensação doce de paraíso.
Não há mais o que
partilhar
Senão a dura
sensação de estarmos sozinhos.
Fomos vizinhos um
dia
E escrevi-te um
poema singular.
Eramos vizinhos
de almas e tínhamos as mesmas coisas para amar.
Haviam borboletas
quando tudo era jardim
No meio da praça
a palavra amor se lia do impossível
Girassóis voavam
alegres de noite dentro de mim
Agora não sobrou
nada que não seja o vazio
A sensação de
abandono e de desespero
Que eu encontro
num coração que tornou-se um sótão frio.
Fidélgio A.
Januário
In: Poesias de
Rua
Parabéns para mim!!!
ResponderEliminar